Balanço do Vento

Bem vindos ao Monastério do Silêncio e, que a paz de Deus esteja com vocês.

Que tarde maravilhosa onde o vento suave balança as folhas dos coqueiros, das mangueiras e do abacateiro levemente. Ele parece estar saudando o entardecer num momento maravilhoso em que o sol se põe e arrebata nossa mente e nosso coração. Toda a singeleza do por do sol lança suas inspirações para que a vida possa brilhar mais e mais ainda. Os passarinhos na sua revoada cantam sua canção do entardecer buscando seu refúgio para passar a noite longe dos perigos das sombras que não tardam a engolfar toda esta parte do planeta. Seus cantos arrancam murmúrios de um ouvido e de um coração mais atento que participa de tudo ao redor apreciando a alegria através da alegria. Os lábios sorriem e os olhos se encantam, mas a alegria externa é simplesmente uma reflexão da luz interna que brilha abrindo clarões na floresta mental de problemas causados pelas tempestades do cotidiano.

Como parece difícil viver estes momentos onde tudo se aquieta internamente e somos capazes de observar clara e objetivamente o que está acontecendo ao nosso redor sem acrescentar e sem tirar nada do que estamos vendo, ouvindo, cheirando, degustando ou sentindo. Parece difícil porque esquecemos que estes momentos de felicidade é só uma questão de uma decisão interna que muitas vezes não parece ser uma decisão nossa, mas que na verdade é. Saber que é uma decisão nossa é o primeiro passo e tomar a decisão de entrar neste estado mental idílico é o segundo. Num movimento simples qualquer um pode chegar a este estado basta relaxar, respirar profundo pelo menos umas dez vezes, olhar ao redor onde quer que se esteja, começar a prestar atenção a tudo e a todos e fazer um esforço de ver o belo nas coisas mais simples por mais feias que elas pareçam. Cultivar e expandir o sentimento delicioso e positivo que vem deste movimento que pode ser alegria, compaixão, amor, serenidade, curiosidade ou qualquer outra emoção positiva bem como deixar ela aumentar dentro de nós.

Porque não fazemos isto mais vezes? A decisão é simples, pois é colocar de lado o nosso ego, este voraz pelo sangue da miséria, que cultiva os pensamentos e emoções negativas constantemente. Contudo, não é fácil porque deixamos o ego constantemente tomar conta de nossa mente a cada segundo do nosso cotidiano a medida que alimentamos a necessidade dele de manjar-se do sangue vermelho das forças brutas  que espalham violência e dando assim a ele uma força que ele não tem. Desta maneira nossa vigilância mental contra o ego e não a favor dele fundamental como sabemos. Trocando em miúdos a nossa vigilância contra os estados internos negativos e o cultivo de estados internos positivos tem que ser constantes.

De repente a cigarra canta o seu canto estridente chamando a chuva para banhar nossa mente e nosso coração deixando assim brotar o verde da vida que sumiu quando fogo da seca, da miséria e do abandono abateram sobre o jardim de nossa mente que ficou sob a mercê do nosso ego. Que alegria maravilhosa para as flores do jardim do Senhor saber que Seu Filho está de volta mesmo que seja por instantes, por segundos, cultivando e deixando o verde crescer e amadurecer com sua força e seu vigor habitual.

Façamos como os passarinhos e a cigarra, cantemos o hino do Senhor para que a alegria possa voltar ao nosso coração e a nossa mente trazendo o perfume maravilhoso e sem igual que exala da Flor de Lótus, essa flor divina que manifesta e concentra-se na sua beleza tudo que transforma nosso ser interior e nos leva a recordar da nossa morada divina. As pesquisas nos mostram que quando vivemos estes momentos de perfume quase que divinos de uma simples alegria nós abrimos nossa consciência e aumentamos nossas forças para ser mais criativo, relacionar melhor com os outros, comunicar com precisão e alegria nossas idéias e inspirar a nós mesmos e aos outros a viver uma vida rica e bela.

Assim não deixemo-nos abater quando entramos em estados negativos e esquecemos de cantar o Nome do Nosso Bem Amado, que reside na parte mais profunda, mais íntima e mais central da pracinha que vive no centro de nosso jardim interior através de um simples momento de alegria. Desta maneira no coreto da pracinha interior, sob a luz do por do sol e das estrelas, podemos reverberar a música maior que é tocada e entoada nos cânticos arrebatadores da alegria e da felicidade da vida.

 

Que Deus abençoe todos,

Antonio

Antonio Monteiro dos Santos, Ph.D., MSCP

E-mail: amdsantos54@hotmail.com

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Resgate sua Luz Interior Neste Natal

Uma visão psicológica, filosófica e espiritual do Natal

Quando eu era menino com menos de oito anos de idade, na época de Natal e Ano Novo, me lembro de um mundo encantado onde tudo parecia milagroso. “É dia 24 de dezembro e a noite está chegando. Os raios de sol com suas malhas vermelhas começam a deixar suas últimas impressões de um dia de preparação, um dia de cerrar as portas para o passado e pensar numa nova luz aparecendo. A noite como uma donzela começa devagar a dar seus primeiros passos e aos poucos as estrelas uma a uma começam a iluminar o céu. A lua ainda não apareceu, mas com certeza virá mais tarde participar desta noite encantada. É uma excitação, um movimento e uma música que se pode ouvir nos ouvidos, ver nos olhos, sentir no corpo, nas mãos e nos pés apressados que se preparam para celebrar um mundo maravilhoso de música, oração, dança e comida. O cheiro da comida deliciosa preparada para mais tarde atingem as narinas e o paladar é aguçado num ambiente de alegria e expectativa para a noite que como uma donzela se descortina de maneira maravilhosa.

Agora já mais de idade nos meus oito anos ou mais posso ir à Missa do Galo ver aquilo que só as crianças mais velhas e os adultos tinham o privilégio de ver. Já é quase meia noite, caminhamos pela rua pequena e estreita da nossa cidade encantada chamada Paracatu com uma expectativa sem igual. Cruzamos a pracinha onde andamos de carrinhos de rolimã, para chegar a Matriz onde nos esperam luzes, velas, vozes, imagens, rezas, orações, muita gente, e às vezes um silêncio fascinante. A dança da luz das velas, os sinos da igreja, os cantos de natal e o cheiro de incenso movimentam o ar.

Estar dentro da Matriz é como estar num outro mundo para aquele pequeno menino, um mundo encantado, principalmente quando o silêncio é profundo e nenhuma palavra é falada. De repente o órgão enche todo espaço com sua música, Dona Lourdes está maravilhosa cujos dedos bate nas teclas arrebatando nossos ouvidos com toda força. O coro completa o movimento. Como não entendo muito bem o raciocínio intelectual, as palavras não têm muito significado, mas os sons delas é o que escuto mais frequente, muito mais do que elas significam. De repente tudo se queda silencioso novamente, a música do órgão parece perpetuar no silêncio até que o silêncio é total. É algo fascinante para este menino intrigado com tudo ao seu redor seja a altura do telhado da Matriz, as imagens maravilhosas que brilham intensamente, principalmente de Nossa Senhora, de São José e do Menino Jesus, os castiçais enormes com velas muito grandes, as paredes de adobe fortes e robustas, tudo forma uma orquestra que toca o som da música divina dentro de um coração pequenino. Isto tudo é um prelúdio para um novo nascimento, uma renovação, uma nova vida.”

Penso que com o tempo e com as aventuras do crescimento, com o condicionamento humano pesado, o condicionamento sócio-cultural e religioso, os traumas, a violência, a manipulação e o sofrimento, vamos perdendo aquela criança a que tudo fascina, a que tudo admira, a que tudo interessa, pois intelectualmente ela não sabe muito, mas contém uma sabedoria intocada e virgem. A perda daquela criança que se fascina com as coisas mais simples da vida, que vê o mundo com olhos brilhantes e coloridos, que escuta as águas do regato batendo nas pedras sem muita preocupação, aquela criança ainda inconsciente da dura versão da pobreza humana, tem sido uma das minhas buscas nesta caminhada por este mundo. A perda desta criança milagrosa acontece para todos nós, embora para alguns mais cedos do que outros.

Porque o menino Jesus nos fascina tanto? Ele representa aquela criança maravilhosa que parece termos perdido, mas que na verdade nunca saiu de nossa mente embora esteja embotada dentro das peripécias e os dédalos do caminho humano. Ela representa uma vida melhor e deliciosa que com certeza nos trará algo profundo e significativo na vida. Contudo o que queremos recuperar é a essência daquela criança com os olhos de hoje que se cheios de sabedoria darão uma nova vida adulta àquela criança encantada.

Meus questionamentos nasceram da busca por uma vida melhor, pois nos meus deliciosos momentos de futebol vi tantas pessoas sorrirem completamente felizes que me fez sempre pensar que existe uma saída para o sofrimento. Passei então a estudar estes momentos, pois minha vida sempre gritou dentro de mim um hino de alegria, de amor, e de paz. Agora tenho plena certeza que este hino, nem sempre por mim escutado e, na maioria das vezes, por mim abandonado, se entoa eternamente dentro da mente. Este hino é o hino da criança que perdemos, ou melhor, que abandonamos e que necessita ser resgatada. O Natal é uma oportunidade maravilhosa para este resgate. Este é um dos focos do meu trabalho e da minha vida. Como disse meu grande professor, amigo e companheiro de trabalho Carl Rogers, a vida é um movimento eterno em direção ao crescimento, ao ser e como objetivo último descobrir que realmente somos.

O que é então o Natal? O Natal é a celebração do nascimento de Cristo, do menino Jesus, é a celebração do nascimento da Luz. O presente é um símbolo que nos faz recordar o menino, que nos faz recordar a Luz. Ao recordarmos da nossa criança interior esquecida, nos lembramos do menino Jesus, ao vermos a manjedora com o menino Jesus, nos recordamos da nossa criança e nosso altar interior destruído pela violência do mundo. Com esta linha de pensamento, conseqüentemente, a celebração do Natal toma outro sentido.

Muitas interpretações existem sobre a vida de Jesus, dada por diferentes fontes. Depois de estudar diferentes interpretações e depois de todo meu trabalho com a psicologia, filosofia, meditação, yoga, e o meu trabalho com o silêncio, tenho chegado à conclusão de que Cristo é, na verdade, o nosso Ser Superior, nosso Ser Verdadeiro, a Luz que ilumina toda nossa vida, a paz que nos dá sabedoria e que só através dela podemos encontrar realmente paz, alegria e sabedoria neste mundo. Assim, a celebração do Natal representa o reencontro com o menino Jesus, com o Cristo, com o Ser Verdadeiro que reside dentro de nós.

Esta Luz de Cristo, a nossa paz interior, que guia muitos discípulos de Jesus é a mesma Luz do Buda que guia muitos monjes, e é a mesma Luz de Krishna que guia o guerreiro Arjuna na sua luta para recuperar o Ser Verdadeiro. Há muitos caminhos para se chegar a esta Luz, a esta paz, quando seus princípios são seguidos com sabedoria. A sabedoria que não vê nenhuma diferença seja ela qual for, pois todos são irmãos e irmãs habitando o mesmo planeta com os mesmos sofrimentos bem como as mesmas alegrias. Esta Luz, esta paz interior, que é um raio da Luz de Deus, que é um fio da paz de Deus, não é exclusiva de nenhuma religião, mas representa a espiritualidade profunda a qual podemos chegar através de qualquer religião e de qualquer caminho espiritual.

Podemos dizer que a mente está dividida em três seres (selves) básicos. Um é o Self, o nosso Ser Verdadeiro, o outro é o ego nosso ser ilusório e o terceiro é o Decisor, aquele que decide pelo Self ou pelo ego (Wapnick, 1980). Ramana Marhashi (1920) explica que o Self é a felicidade pura sem sofrer nenhuma influência deste mundo. Já Um Curso Em Milagres ensina que o Self é o Espírito Santo que ilumina todas nossas ações e nos deixa constantemente em estado de graça. Marharshi explica que quando a mente deixa o Self, ela fica miserável e sofre muito estando assim, conseqüentemente no ego. Da mesma maneira, Um Curso Em Milagres explica que quando damos o controle da mente ao ego sofremos e perdemos a alegria e a graça do Espírito Santo.

É importante ter em mente que a todo momento estamos decidindo pelo Self, o Espírito Santo, ou pelo ego, pela paz interior ou pelo sofrimento. Esta decisão é resultado de nossos pensamentos, das emoções que vivemos bem como das nossas ações que sempre nos informam quem escolhemos a determinado momento: o Self ou o ego. Se nos alegramos e estamos em estado de graça é sinal que escolhemos o Self, e se sofremos, machucamos a nós mesmos ou aos outros é sinal que deixamos o ego controlar nossa mente. Esta decisão que tomamos de estar no Self ou no ego é 99% das vezes tomada inconscientemente e é como se estivéssemos numa cangorra com alguém que não é nós mesmos em controle. Precisamos aprender a recuperar o controle do nosso barco mental se queremos navegar em águas serenas e tranquilas da vida e chegar à riqueza que vive no fundo do oceano, isto é, o nosso interior.

Recuperar o controle da nossa mente é também resgatar o sentido real do Natal que está perdido nas celebrações que fazemos, muitas vezes comprando o que não podemos comprar, tomando o que não podemos tomar ou comendo o que não podemos comer. O sentido verdadeiro do Natal está perdido no materialismo puro simples. É importante entender que toda vez que negamos a presença na nossa mente do menino Jesus, que representa nossa criança iluminada, sentimos culpa. Pois ao fazermos isto abandonamos o Self e colocamos o ego em comando de nossa mente. Não existe nada de errado com celebrações, mas quando estas celebrações apagam ou substituem o significado real do Natal, perdemos o presente verdadeiro que só a Luz de Cristo, a Luz de Buda, a Luz de Shiva e a Luz de krishna pode nos dar. O Buda dizia: Comei para saciar a fome e bebei para apagar a sêde. Satisfazei as necessidades da vida corpórea como a abelha que liba o nectar da flôr, mas sem lhe roubar o perfume. (O Evangelho do Buda). As desavenças causadas pelos conflitos das festas engendrado pelo consumo exagerado do álcool e mesmo da comida rouba o perfume do natal. Não deixe isto acontecer e sua vida vai brilhar de maneira maravilhosa neste Natal e Ano Novo.

O Natal é um momento idílico onde podemos resgatar a Luz de Cristo, que é um raio da Luz de Deus. Vamos este ano celebrar juntos um novo Natal, um Natal de todos os povos, de todas as religiões e de todas as orientações espirituais. A Luz de Deus, a paz interna, tem nomes diferentes, mas a experiência da Luz de Deus, da profunda paz interna, é uma só. Não importa se você segue o catoliscismo, o cristianismo, o budismo, o judaismo, islamismo, o espiritismo ou qualquer outra corrente espiritual ou mesmo se não segue nada, a Luz é uma só, a paz interna é uma só. Sócrates, o grande filósofo grego, dentre entre outras idéias e pensamentos ficou conhecido por acreditar que a verdade é absoluta. Mesmo pagando com a vida por sua crença, Sócrates nunca duvidou de sua crença de que a verdade é uma só, de que a Luz é uma só, de que Deus é um só. Vamos celebrar neste Natal esta paz, esta luz, que nos traz uma harmonia profunda que está além deste mundo e que nada aqui pode corromper, enferrujar, comprar ou destruir.

Assim não importe o que acontecer ou o que está acontecendo de ruim, recuse a ser infeliz e a cantar o hino da dor e do sofrimento pelo menos nestes dias de festas. Dê o maior presente que você pode dar a quem está ao seu redor, que é a sua alegria, felicidade, amor, carinho, compaixão, caridade e perdão. Faça como os passarinhos, as árvores e as flores que se alegram com a chuva lavadora e rejuvenescedora que desperta o seio da natureza dormente pela seca. Abra o coração e a mente e cante o hino divino que transborda da abóbada celestial. Seja quem você realmente é sem medo de ser feliz gritando a todos os pulmões a cada momento que puderes: EU TENHO O DIREITO DE SER FELIZ, EU ESTOU CHEIO DE FORÇA E SABEDORIA E A LUZ DE DEUS VIVE EM MIM. AMÉM.

Referências Bibliográficas:
A Course in Miracles (1976). Glen Ellen, CA: Foundation for Inner Peace.

BHAGAVAD GITA, The. Baltimore: Penguin Books, 1962. Translated from the Sanskrit with an introduction by Juan Mascaro. 121 p.; reprinted, 2003, introduction by Simon Brodbeck, xiii + 85 p.

KHARISHNANDA, Yogui. O Evangelho de Buda. São Paulo: Pensamento. Transcrito dos Pitakas, as Escrituras Sagradas do Budismo. Tradução Cinira Riedel de Figueiredo.

MAHARSHI, Sri Ramana. Creation theories and the reality of the world. In: D. Godman (ed.) Be as you are: The teachings of Ramana Maharshi. London: Arkana.

PLATO. VLASTOS, Gregory. (ed.) Modern Studies in Philosophy. New York: Anchor.

Polani, Michael, 1958. Personal Knowledge: towards a post-critical Philosophy. University of Chicago Press.

SANTOS, Antonio M. Miracle Moments: the nature of the human energetic process. Bloomington: IN: I-Universe, 2005.
Antonio Monteiro dos Santos, PhD., MSCP
Brasil-CRP-01-0702- USA-CA-PSY 19989
Clinical, Coaching & Counseling Psychology
Co-Director of The Center for Studies of the Person
Tel.: (061)3257-2452 – (061) 9693-4814

Criando Relações Extraordinárias na vida pessoal e profissional

As nossas relações são fundamentais em todos os aspectos de nossas vidas, pois delas dependem nosso sucesso na família, na sociedade, na nossa vida religiosa, política e espiritual, bem como no nosso trabalho. Você já pensou que sem nossa relação com o outro não podemos saber que existimos? Sem nossas relações como podemos saber se estamos vivendo bem ou mal? Sempre ouvimos o ditado de que ninguém é uma ilha e nós estamos constantemente nos ilhando, isolando e nos separando dos outros em nome da defesa dos nossos “melhores interesses” que só nos faz sofrer.

Passos para relações extraordinárias

Criar relações extraordinárias é muito simples, mas não é fácil, porque requer muito trabalho neste mundo, onde tudo se quer alcançar com rapidez e facilidade. Vários passos são necessários para se criar relações deste tipo:

1) Ter consciência da natureza e qualidade de suas relações.

2) Cultivar uma honestidade brutal com tudo e com todos sem subterfúgios. Este tipo de honestidade nos liberta de maneira profunda, pois como nos diz Um Curso em Milagres existem dois movimentos internos para sairmos da escuridão: um é reconhecer que escuridão não esconde nada e o outro que não existe nada que queremos esconder mesmo que possamos.

3) Aumentar nossa flexibilidade, pois sem flexibilidade qualquer coisa se quebra com o menor vento.

4) Cultivar alegria e felicidade, pois onde não há alegria e felicidade há morte. Nesta situação, tudo que pensamos, sentimos e fazemos traz dor e sofrimento. O cultivo da alegria inclui vigilância contra nosso próprio ego.

5) Planejar constantemente. A ideia de que a vida está nos acontecendo e que não precisamos ou não temos que fazer nada para ela acontecer é um dos maiores enganos.

Porque as relações não dão certo?

Um dos aspectos fundamentais que atravancam ou mesmo acabam com qualquer relação diz respeito ao nosso ego e como o deixamos invadir nossa mente e, consequentemente, nossas relações. Assim, para respondermos a esta pergunta precisamos compreender um pouco de como a mente funciona. Uma maneira simples de entender o funcionamento da mente é estar consciente de que ela contém basicamente dois sistemas de pensamentos como nos ensina Um Curso em Milagres: o do ego e o do Self.

De um lado, o sistema de pensamento do ego é inteligente, mas não tem sabedoria. Ele é a fonte de toda a mentira, a calúnia, o egoísmo, a enganação, ciúme, apego, dor, sofrimento e muito mais. Sendo fonte de tudo isto o sistema de pensamento do ego luta pela separação, uma vez que quanto mais nos sentirmos separados do outro mais em controle ele está da mente. Este sistema de pensamento é baseado na falta de amor, pois onde não existe amor existe separação.

Do outro lado existe na mente o sistema de pensamento do Self, do Ser Superior ou como nos diz Um Curso em Milagres, o sistema de pensamento do Espírito Santo, que além de ser inteligente é sábio. Ele é a fonte de toda alegria, felicidade, honestidade, carinho, desapego, bondade, empatia, compaixão e muito mais. Como fonte de tudo isto ele é nosso guia em direção a união que traz paz, saúde, criatividade e força interna. Somente quando permitimos o Self guiar nossa mente existe Amor verdadeiro, porque onde existe amor é impossível acontecer a separação.

A todo segundo estamos escolhendo entre o ego, para controlar nossa mente, ou o Self para guiá-la. Quem faz esta escolha, segundo Dr. Kenneth Wapnick, que foi um dos grandes estudiosos do Curso, é o Decisor, cuja única função dentro da nossa mente é decidir entre estes dois sistemas, estabelecendo assim qual vai comandá-la a determinado momento.

Desta maneira, no fundo as relações não dão certo porque deixamos nosso ego tiranizar nossa mente e assim destruir tudo de bom que existe dentro dela. No momento que designamos o ego como chofer de nossa mente, neste mesmo instante abandonamos o Self, o Espírito Santo. Todo conflito em qualquer relação pessoal ou profissional vem desta simples escolha que fazemos, na maioria das vezes inconscientemente Este processo é simples, mas não se engane porque não é fácil mudar. A mudança requer muito trabalho e, às vezes, mais do que estamos dispostos a fazer.

As percepções errôneas do ego

Nosso ego é a fonte de todas nossas percepções errôneas e uma das maiores percepções errôneas do ego é com relação ao amor. O amor é confundido com ciúme, apego, troca, simples prazer físico e até violência. Ouvimos muito dizer que “tenho ciúmes porque te amo” ou até mesmo que “bati em você porque te amo”. Esta confusão tem como único objetivo manter fomentada a separação, pois quem está confuso não sabe diferenciar a separação da união.

Outra confusão maior do ego é confundir causa com efeito. No cotidiano estamos sempre pensando e até vivenciando a causa do nosso sofrimento, da nossa dor como algo externo, do qual não temos nenhum controle. Assim, é “natural” pensar que o outro é a causa de toda minha miséria sendo este completamente responsável pelo que acontece comigo.

Um Curso em Milagres nos ensina que causa e efeito estão invertidos no mundo do sistema de pensamento do ego e que na verdade toda a causa do nosso sofrimento, em última instância, é a escolha que fazemos internamente de deixar o ego controlar nossa mente ao invés de colocar o Espírito Santo como guia dela. Está claro que não temos controle do que nos acontece externamente, mas não só temos, mas devemos aprender a ter controle de como reagimos às coisas que nos acontecem na vida.

A Resiliência e as relações saudáveis

Resiliência é uma palavra que está muito presente dentro da psicologia atual e já se tornando parte do domínio público. Resiliência significa a habilidade de uma pessoa se recuperar ou se adaptar bem dentro de um prazo rápido a alguma doença, mudança na vida, decepção, má sorte e assim por diante. Podemos dizer que quanto melhor e mais rapidamente a pessoa se recupera ou se adapta a uma situação diferente ou nova para ela, mas forte é a sua resiliência.

Uma das características de relações extraordinárias é a habilidade das pessoas de se recuperarem ou se adaptarem rapidamente a qualquer mudança na relação. Por exemplo, todos os dias temos oportunidades para conflito um com o outro nas nossas relações e estes conflitos nos deixam com mágoas, raiva, ódio, tristeza e outras emoções fortes. As pessoas com uma resiliência forte resolvem ou se adaptam ao que ocorreu mais rapidamente do que aquelas cuja resiliência é fraca. Com isto elas têm mais facilidade de perdoar e de esquecer o que aconteceu e aprender com o que aconteceu. As pessoas com uma resiliência forte resolvem o que tem que ser resolvido de imediato sem guardar nada para depois. Já as pessoas com a resiliência fraca ficam guardando mágoas por muitos dias e dias, meses e meses ou mesmo anos e anos tornando a relação um desespero para ambos os lados.

As relações extraordinárias

Nós precisamos de relações extraordinárias para uma convivência saudável com tudo e com todos deste sistema planetário. Sem elas a nossa vida se torna um vazio e não construímos a vida maravilhosa da qual somos capazes. Assim, este curso chamado Criando Relações Extraordinárias irá aprofundar nos temas acima mencionados, abordar os passos específicos pelos quais todas as relações passam, bem como se as nossas relações têm futuro ou não.

Planejamos este curso para aquelas pessoas que estejam realmente interessadas na busca de criar relações extraordinárias e profundas, nas quais elas possam usar todo seu potencial de inteligência e sabedoria como um caminho para o seu crescimento pessoal, social, profissional, financeiro e espiritual. Assim não percam o nosso curso nos dias 31-10 e 01-11-2014. Maiores informações: institutoiimpaz@gmail.comamdsantos54@hotmail.com ou pelos telefones: 061-9919-4814 – 061-9693-4814 – 061 – 3257-2452.

NOVA DATA PARA O CURSO: Criando Relações Extraordinárias na Vida Pessoal e Profissional

Como criar relações extraordinárias, o que diz a filosofia, psicologia, espiritualidade e o Um Curso em Milagres. Por meio de palestras, diálogos e exercícios práticos examinaremos a diferença entre o relacionamento saudável e destrutivo (o relacionamento especial), o papel do amor e da mágoa, a importância fundamental dos relacionamentos para o crescimento pessoal e profissional da pessoa, o abandono do medo e a recuperação da paz e alegria internas. Serão exploradas crenças, valores, emoções e comportamentos empoderadores nas relações. A importância da resiliência para uma relação saudável. Como as relações com a família, o trabalho, os amigos e o meio social podem impactar as relações de casal. Como saber se a relação acabou ou não. Quatro estágios de desenvolvimento de uma relação. Como criar um plano especifico, mensurável, atingível, realista e dentro de um tempo razoável para impulsionar definitivamente suas relações. Como transformar um relacionamento de dor em algo profundo, sábio e significativo.

DATA    31/10/2014 – 19:00 às 22:00 hs – 01/11/2014 – 09:00 às 18:00 hs
INVESTIMENTO    R$ 300,00 – Será servido um pequeno lanche
LOCAL    SHIS QI 29, Conj. 07, Casa 13 –  Brasília-DF

Informações e inscrições: institutoiimpaz@gmail.com

(61) 9919-4814 (61) 3257-2452  (61) 9693-4814

CURSO: Ultrapassando os Limites (Data: 27, 28, 29 e 30 de novembro de 2014) – Com: Antonio Monteiro dos Santos – PhD,MSCP

Permita-se ir além do que pensava ser possível.

Quatro dias transformadores entre palestras, diálogos, exercícios práticos e vivências

Dia 1 – Do medo ao poder –

              – Vivencie a arte milenar de Caminhar nas Brasas.

              Aprenda superar seus medos e redespertar seu poder.

              Teste suas crenças e vá além de seus limites preconcebidos.

Dia 2 – Do Sonho à Ação

             – Que necessitas para chegar ao topo de sua vida?

            As seis necessidades básicas do ser; Determine suas prioridades; Controle sua vida com a

            força do “Método de Planejamento Rápido” (Tony Robbins).

Dia 3 – Do Desafio à Transformação

            Vivencie a força da focalização e concentração examinando a roda da vida,

            Modele e elicie estratégias emponderadoras.

Dia 4 – Da Inteligência à Sabedoria

             – Comungue com os sábios aprendendo a se comunicar  com sua poderosa voz interna.

             Baseados na psicologia da “performance”, filosofia,  bem como na metafísica e sistemas de pensamento de Um curso em Milagres.

Informações e inscrições: (61) 9919-4814  (61) 9693-4814

E-mail: institutoiimpaz@gmail.com / amdsantos54@hotmail.com 

Texto para reflexão:

IIMPAZ – Instituto Internacional para Mindfulness e Paz Interna

 Antônio Monteiro dos Santos, Ph.D., MSCP

E-mail: amdsantos54@hotmail.com / Tel. (061) 9919-4814 – 9693-4814

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O percebedor, a percepção e a coisa percebida – Uma reflexão

A Ioga do Patanjali fala que existem três fatores na vida: uma é o percebedor, aquele que percebe, outra é a percepção da coisa percebida e a outra é o objeto em si mesmo. Ela diz que estas três coisas são diferentes embora  nós, na nossa ignorância, as tomemos como uma só e não temos consciência de que elas são diferentes, a não ser que estejamos proficientes em ioga, em meditação e no trabalho com sua mente.

Esta verdade tem uma implicação profunda para toda nossa vida e a realização desta verdade não só intelectualmente, mas na prática pode mudar nossa vida e nossa relação com o mundo, com as pessoas e com qualquer outra coisa percebida neste mundo. Quando tomo consciência que sou o percebedor e que sou diferente da minha percepção e dos objetos que percebo não tomo tudo por garantido. Começo a questionar quem sou eu verdadeiramente e quem é o eu que percebe, bem como minha percepção e quem ou o que é o objeto percebido.

O eu é quem eu sou verdadeiramente sem o treinamento massivo ao qual todos nós somos submetidos para se adaptar ao nosso processo social, cultural e religioso. O eu que percebe então é constantemente este eu condicionado. A minha percepção é colorida por todo este condicionamento que sofro ao longo da vida. O objeto percebido é algo neutro e ele só tem significado quando o percebedor o percebe dando o percebedor significado a este objeto através de sua percepção, que tem naturalmente intrínseca a ela seus valores baseados nas suas crenças.

Assim, para se chegar do eu até o objeto percebido existem inúmeros filtros que colorem nossa percepção. Por exemplo, eu percebo um corpo bonito. O corpo em si não é bonito ou feio, o que o torna bonito ou feio são as minhas crenças e valores, além do estado interno que estou naquele momento, que inclui o que acredito e valorizo ser um corpo bonito. Quando consigo observar este mesmo corpo sem se envolver com minha percepção dele, isto é, retirando minhas crenças e meus valores, eu o vejo como ele realmente é, nem bonito, nem feio, mas simplesmente um corpo similar aos outros da natureza com suas diferentes características.

Krishnamurti falava muito deste tipo de observação acurada das coisas e das pessoas na qual você observa a si mesmo ou qualquer pessoa ou objeto sem julgar, sem avaliar, sem condenar e sem comparar. Ele dizia que fazer isto é uma das coisas mais difíceis para nós, pois exige estar com a mente totalmente em paz, centrada e vazia de tudo aquilo enche nossa mente no cotidiano.

Sócrates dizia, tomando o exemplo dos poetas e dos dramaturgos, que nossos sentidos do corpo são totalmente impossíveis de serem confiados completamente, pois eles são muito mais falhos do que possamos imaginar devido nossos filtros.  Ele afirmava que tudo que vemos ou ouvimos com os olhos e os ouvidos do corpo são completamente falhos podendo variar a cada segundo, minuto, dia e assim por diante. Sócrates dizia mais ainda, que ele nunca confiava na sua percepção das coisas por saber o quanto esta percepção era falha e que ele só confiava numa voz divina que o orientava desde que ele era criança.

Desta maneira nós percebemos com os sentidos do corpo e com a alma. Os sentidos do corpo conduzem a uma percepção completamente superficial dos objetos, seja de uma pessoa ou animal ou um objeto inanimado e, na grande maioria das vezes, distorcida. Esta percepção pode assim ser correta ou incorreta. Quando ela é incorreta, o que acontece constantemente, ela nos leva a sofrimento, ataque, ressentimento, medo, raiva, mentira e assim por diante. Quando ela é correta, ela nos leva a alegria, felicidade, silêncio, paz e sabedoria. Estes dois modelos de percepção nos permitem separar o joio do trigo. A percepção correta vem da alma que também pode ser chamada de Ser Superior, Buda, Jesus, Espírito Santo e outros. A percepção através da alma nos traz uma realização profunda sobre o percebido porque se percebe o percebido profundamente e o que existe de mais verdadeiro nele.

O Poder Transformador dos Relacionamentos: Criando Relações Extraordinárias  – Uma Abordagem Psicológica, Filosófica e Espiritual

Palestra – Entrada Franca

Estratégias para criar relações extraordinárias. A diferença entre o relacionamento saudável e o destrutivo. Porque as relações não dão certo? Como transformar um relacionamento de dor e sofrimento em algo profundo, sábio e significativo. Abandonando o medo. A importância da resiliência para uma relação saudável. Como as relações com a família, o trabalho, os amigos e o meio social podem impactar as relações de casal. Como saber se a relação acabou ou não. Quatro estágios de desenvolvimento de uma relação. A espiritualidade e as relações.

Local: Livraria Cultura – Shopping Iguatemi

Dia: 15/10/2014 – Horário: 19:30 horas

Mensagem

Bem vindos ao Monastério do Silêncio e, que a paz de Deus esteja com vocês. 

Mais uma vez a visita negra da morte se faz presente no nosso seio arrancando do peito dolorido sentimentos arredios e inesperados, colocando a mente do ser num estado pensativo e levando-o a uma reflexão profunda. É sem sombra de dúvida uma enxurrada de pensamentos a passar quando a dor se mistura com o observar pensativo das folhas que balançam levemente pelo vento sendo banhadas pelos raios vermelhos do grande rei da noite e do dia. Pela tarde um dia morre e pela manhã ele renasce assim como uma árvore morre e nasce outra, assim como uma bananeira morre e nasce outra, assim como uma flor morre e nasce outra, assim como uma ovelha morre e nasce outra e assim como um ser humano morre e nasce. Perguntas ficam no ar: Será que o que morreu renasceu? Será que o que morreu é o mesmo que nasceu? Será que o mesmo sol que morreu é o mesmo que renasceu? Será que o que morre e o que nasce são sementes de uma mesma origem?

Com o sol parecemos mais certos de que o mesmo que morreu foi o mesmo que renasceu. Será que isto é verdadeiro para uma árvore, uma flor, um animal ou um ser humano. Uns tem uma resposta certa e preparada que sim, outros que não, outros tem dúvidas e outros ainda estão buscando a resposta. Contudo sabemos que morte e nascimento ou renascimento é parte do que é o ciclo de movimento neste universo baseado na impermanência de tudo aqui, segundo o Buda.

Muitas histórias nos contam explicando esta passagem conspícua que para alguns é numinosa e para outros não. Na verdade sabemos muito pouco dela e só visitando completamente o outro lado saberemos. Uma simples visita às suas margens e recolhendo algumas informações de suas margens não dá para compreender a vastidão que talvez seja o outro lado. Em última instância ninguém sabe nada do que acontece do outro lado destes portões, mas podemos ter esperança que além deste portão nada insólito está escondido. Pois, os Grandes Mestres do nosso tempo, desta travessia, não tiveram nenhum medo e, cruzaram este portão de mente e coração completamente puros e cheios de sabedoria e da Verdade.

Impulsionado por esta sabedoria aos poucos a paz retorna devagarzinho no coração do ser viajante e ele teme cada vez menos o desconhecido, pois o conhecido não foi a lugar nenhum. A mente e o coração se acalma e a alma voa livre da corrente sanguinária dos desprazeres e o ser atravessa todas as circunstâncias com seu perfume divino exalando cada vez mais. 

                        Quanto mais se vive uma vida de qualidade profunda menos se tem medo da chegada repentina desta visitante nunca esperada, contudo às vezes até desejada. Buda, Sócrates, Jesus, São Francisco e muitos outros acolheram esta visitante inócua sem nenhum medo, pois dentro eles sabiam que muito além da matéria existe algo profundo inigualável e de uma força além de qualquer medida. Que felicidade não deve ser enfrentar este momento como estes grandes mestres o fizeram e regozijar em algo que as palavras são pequenas demais para abarcar o coração de tudo isto.

            Oh! meu Deus, meu querido e Bem Amado, me dê a graça desta felicidade e alegria infinita que nada pode destruir, corromper ou corroer. Ajude-me a despertar para esta Fonte de onde as águas mais límpidas e claras fluem limpando assim o coração e a mente de todo o medo e deixando transbordar o Amor que tudo abarca. Assim Senhor, toda vez que passa um ente querido como hoje aconteceu, simplesmente me ajude a relembrar-me de Ti a cada segundo da minha para que quando este momento tão importante desta passagem também chegar para mim, eu possa finalmente continuar no Teu seio descansando e fluindo como a Luz mais brilhante capaz de brilhar como mais de milhões de sóis.

Com certeza nosso irmão Geraldo, que fez sua passagem tão inesperadamente esta madrugada, passagem esta que nos deixou fora do ar, sem palavras, com os pensamentos e os sentimentos sem saber para onde irem, com uma dor profunda no peito e uma desorganização mental inóspita, mais para um do que para outros, experimentou um pouco dessa força dos Grandes Mestres. Seu trabalho foi constante e ferrenho neste último ano em companhia do Espírito Santo que ele tanto amava e confiava, nossa esperança e certeza de que ele foi presenteado com esta Luz. Estamos na era do Espírito Santo, da Grande Mãe, e qualquer esforço em direção a esta Grande Luz é recompensado em número incontáveis de vezes que nossa mente pequena não pode compreender.  

Continue Geraldo não olhe para trás, nossos gritos de dores, nossas lágrimas abundantes, nosso coração sangrando, nossos sofrimentos, nossas saudades pela sua perda, são enormes, mas são apenas nossas. Não se importe com os nossos pensamentos de culpa e vergonha daquilo que pensamos devíamos ter feito, eles são apenas nossos. Não deixe eles te deter. Chegou a sua hora e você se foi assim siga em frente.

Além de tudo isto nós te amamos irmão, não duvide disso e, quando a dor deixa nossa mente por um momento que seja, vemos você, QUERIDO AMIGO, completamente cheio de luz continuando sua viagem no barquinho de Luz do Senhor. Não olhe para trás Geraldo, você que tinha um coração bondoso com todos nós, uma atenção sem igual, uma vontade de aprender e mudar profundas. Não olhe para trás Geraldo, porque além de todas nossas dores e sofrimentos, estamos orando por você profundamente para que a Luz do Senhor que te acompanha seja vista continuamente por ti e por nós, e que Ela sem distração te conduza para o Nosso Lar Eterno de onde nunca mais sairemos.

Vai em Paz e Que Deus Te Acompanhe,

             Antonio

Redespertando para o Amor

Bem vindos ao Monastério do Silêncio e que a paz de Deus esteja com vocês.

Que coisa bonita é o amor que desperta quando menos se espera e abre as portas maravilhosas da alegria que jorra abundante diante da Luz do Senhor, no momento que mais precisamos para iluminar a escuridão que tomava conta do ser. Que hino maravilhoso o amor entoa quando deixamos suas notas transformar tudo na canção mais bela que embala os ouvidos soando da harpa divina com um som sem igual. 

Onde andávamos Senhor Deus perdidos pela escuridão sem fim tentando encher nosso pocinho na área com toda a água do mar? Por que tanto medo de entrar mar adentro quando a vida só pode ser vivida nas profundezas do oceano do amor, onde tudo se movimenta no silêncio mais maravilhoso que jorra de coisas vivas que vai além da nossa compreensão intelectual que sempre briga para encontrar sentido onde o sentido não existe. 

Abra seu coração Filho de Deus! No exílio deixe que a felicidade absoluta beije o lugar mais profundo do coração de todos que estão ao seu redor. Caminhe sob as pétalas que cobrem o caminho sagrado dos pensamentos cheios de luz que adornam o altar mais sublime do nosso jardim interno.

 A noite cai como uma donzela sobre a tarde do final do dia, mas quem ama não conhece a escuridão e sim a Luz de mil sóis que nunca se apagam, pois onde ela habita a negrume da noite mais escura não pode chegar. Que bom andar devagarzinho por esta bela estrada onde as flores e frutos silvestres enchem nossas narinas com seu perfume e seu néctar maravilhoso gritando mais alto do que qualquer grito de dor e sofrimento. 

Que fazemos nós humanos, perdidos nos labirintos dos dédalos humanos correndo que nem um ratinho, sempre sujeitos as intempéries de um pé mais pesado que pode cair sobre nós a qualquer momento. Por que não buscar mais do que depressa a saída que está constante nossa mente falando de amor, de alegria e de paz? Onde pensamos chegar quando tudo isto aqui é passageiro e pode se acabar num minuto quando os anjos felinos da doença, da velhice e da morte baterem a nossa porta?

 Deixe tudo de lado, caro viajante de longas datas. Abra seu coração de verdade. Abandone os pensamentos negativos e destruidores que crescem como ervas daninhas no jardim da sua mente. Acorde com os raios perfeitos da madrugada. Caminhe no sol maravilhoso da manhã, abrace o dia sem nada esperar e contente com tudo, olhe para o pôr do sol como se estivesse olhando para o altar do Senhor e faça sua oração mais uma vez antes de dormir para que assim tenhas sonhos felizes e maravilhosos que anunciam o acordar para um mundo que está além da concepção humana.   

Que Deus abençoe todos nós,

Antonio          

 

Homenagem as Mães

Se não fosse por você sua criança não teria nascido radiante e vistosa, e não estaria viajando por este mundo onde as luzes do sol da manhã iluminam os galhos e as folhas das árvores maravilhosas que nos rodeiam sendo embaladas pelo vento gostoso do inverno. Manhã esta onde o pássaro alado, o Simorgh, o Phoenix, canta sua canção divina celebrando o nascer do dia daquela que nos presenteou com esta vida.

Você que foi mãe de Jesus, Buda, Krishna, Rabiah al-Adawiyah, Santa Clara, São Francisco bem como de Ramana Maharshi, Mãe Teresa de Calcutá, Gandhi, mãe de tantos outros sábios e santos bem como mãe de todos nós, receba nossa mais profunda gratidão e alegria e, nosso mais profundo amor pelo que tu fizeste e foste, é e que será para muitos seres que ainda estão para fazer parte desta experiência humana.

Sua criança que agora já adulta não tem palavras para agradecer todos os dias que você passou em claro acalentando-a para que esta pudesse seguir sua caminhada aventurando-se pelas peripécias deste mundo. Caminhos que às vezes tem pedras pesadas pelo caminho, mas que as vezes tem pétalas de rosas amaciando e dando consolo aos pés cansados do viajante.

Quantas vezes você colocou esta criança no colo fazendo ela se sentir tão segura e tão amada deixando a mente e o coração dela borbulhando de alegria, de felicidade e de paz. Nestes momentos conspícuos ela atenta via com olho da visão maior a nossa Grande Mãe da qual veio toda sua inspiração para cuidar de sua criança permitindo que esta criança carregue sua cruz e traga na sua cabeça a coroa de espinhos do cotidiano sem reclamar, sem chorar e sem lamentar, iluminada por momentos de glória para que a libertação de todo o sofrimento e de toda dor ocorra na sublime alegria do Senhor dos universos dos universos.

Oh! Mãe tua criança adulta te perdoa por todas as faltas que você pensa que cometeu, pelas reclamações, lamentos e choros ouvidos, mas tua criança sabe que muito mais quem tem que pedi perdão é ela. Com você tua criança reaprendeu os primeiros passos da coisa mais importante desta vida que é reaprender amar. Sem o seu amor como poderia tua criança ter reaprendido que o amor ilumina as mentes mais escuras e abre os corações fechados deste mundo.

Tua criança não tem dúvidas de que você é o reflexo, o raio de luz, da Grande Mãe de todas as mães e de todos nós, este Arquétipo sem igual, que permite que em você o divino se una ao humano deixando transbordar a luz da beleza e da sabedoria cuja perfeição tem inspirado a todos nós.

Esta Grande Mãe cuja inocência e pureza de mente e de coração tem nos elevados aos caminhos mais altos de nossa existência onde podemos tratar a todos como queremos ser tratados fazendo de todos nossos irmãos e nossas irmãs. Sem o óleo e a energia desta Grande Mãe, o Grande Pai não é nada, pois como dizia o Buda uma lamparina sem óleo não pode dar luz.  Sem a união da Grande Mãe e o do Grande Pai, o Grande Ser que inspira tudo e a todos neste universo não pode renascer. Sem o Grande Ser sabedoria e inteligência andam separadas causando destruições, desastres e tantos desesperos que temos presenciado desde o início deste mundo.

Mãe hoje é teu dia e sem palavras a agradecemos do fundo do coração. Como é bom saber que te amamos; como é bom saber que por mais erros que tenhas cometidos todos eles, no fundo da tua alma, tinham as melhores intenções para sua criança; como é estonteante saber que dentro do seu coração, bem lá no fundinho moramos para sempre e que de lá nunca sairemos.

Se você ainda não reconheceu sua mãe hoje, você tem o dia todo para fazer isto com uma flor, uma palavra, um gesto, um cartão, um presente ou mesmo um pensamento de ordem divina. Se assim o fizer este dia com certeza lhe sorrirá mais do que nunca, pois o perdão nos liberta deixando toda nossa criatividade e sabedoria fluir de dentro daquilo que é mais belo em nós.

Obrigado Mamães,

Antonio